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segunda-feira, 21 de maio de 2012

A dura jornada da vida:

 Desde o período pré-colonial, a raça negra tem sido símbolo de inferioridade, e vem sendo até hoje alvo de racismo. Acontece que na geração atual, diferentemente dos escravos maltratados e entregues à miséria, os negros têm deixado os preconceitos de lado e estão se destacando em ramos como música, arte, teatro, cinema, dentre outros.
 Desde que eram escravos, os “afro-brasileiros” já possuíam uma infinidade de aspectos, como a religião, arte e cultura. O livro “Uma história da cultura afro-brasileira” compõe um vasto quadro de referências sobre a história, a geografia e a cultura da África, sobre o tráfico de escravos e sobre suas condições de vida no Brasil. O legado deixado por eles na alma brasileira se estende da culinária às artes, do sincretismo das práticas religiosas, ao vocabulário do idioma nacional, da submissão humilhante às lutas por transformações sociais. Além de oferecer recursos para o entendimento da importância da cultura africana na construção da nossa identidade, o livro estimula o prazer da leitura: suas qualidades estilísticas também despertam o interesse e a atenção, além de facilitar a fluidez no diálogo com o leitor. Pela riqueza do conteúdo, este livro é um convite à reflexão as nossas concepções nos dias atuais, sobre as formas do nosso imaginário e sobre o incontestável valor da liberdade.
 Os povos africanos que foram escravizados no Brasil trouxeram um imenso repertório de saberes, de técnicas de cultivo, criação de animais, mineração, navegação, religiosidade, filosofia, música, dança, dentre muitos outros fatores. A interação entre estes povos, vindos de diferentes regiões e grupos étnicos do continente africano, construiu ao longo de séculos um novo cenário cultural nas Américas. Ao mesmo tempo também estavam em curso interações, disputas e trocas entre tradições africanas, portuguesas e indígenas. O encontro, nem sempre amistoso, entre esses diferentes povos fez nascer uma cultura original e diversificada: a cultura afro-brasileira. Muito do que hoje nos define como brasileiros é fruto desta criação cultural, na qual os africanos e seus descendentes foram protagonistas importantes. É sobre a formação dessa cultura que é retratado no livro.
 Denomina-se nos dicionários como “tráfico negreiro”, o transporte forçado de escravos para as Américas e para outras colônias de países europeus, durante o período colonialista. O tráfico negreiro no Brasil perdurou do século XVI ao XIX, e trouxe para o Brasil quase 40% do total de africanos transportados. Isto resultou atualmente para o nosso país, uma grande parte de população negra, assim como juntamente os seus costumes e tradições. Mas de que serviram tantos anos de sofrimento no passado, nos dolorosos porões de navios negreiros, para continuar passando por humilhações pela sociedade de hoje? Essa é uma dura realidade que a raça negra enfrenta como não bastassem as lágrimas derramadas por seus antepassados.
 O autor de “Uma história da cultura afro-brasileira” ressalta com realidade as duras jornadas sofridas pelos escravos no período colonial. O primeiro capítulo apresenta uma bela introdução representando um pouco da história da população africana, que pode ser vista em parte até os dias atuais.



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